"Por isso, não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso externo de glória mui excelente. Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que NÃO SE VÊEM; porque as que se vêem são temporais, e as que NÃO SE VÊEM SÃO ETERNAS". 2 Coríntios 4:16-18
Temos passado por um tempo de perdas. Amigos perderam seus pais, famílias se desestruturaram, pais perderam o emprego. Familiares perderam a saúde. E nós perdemos, muitas vezes, a esperança, a alegria, a fé.
Como expectadores, das situações que sobrevêm aos nossos queridos próximos e até a nós mesmos, somos inundados por um sentimento de insegurança, tristeza, dúvidas e incertezas. Desânimo e falta de forças para seguir em frente.
Aí, lemos em Hebreus 10:38 que “Mas o justo viverá da fé, e se Ele recuar minha alma não tem prazer nEle”. Que afirmação “pesada”. Nossa falta de fé desagrada nosso Deus. Isso entra em concordância com Hebreus 11: que diz: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam”.
Tá, e daí? Quer dizer que depende de eu ter fé em meio às circunstâncias, mas se estou em momentos de falta de fé, o que eu posso fazer? Como seguir em frente, como continuar agradando a Deus nos momentos que me faltam alegria ou ânimo para seguir em frente.
Temos que cuidar das emoções. Elas são a fonte do cansaço, estresse, esgotamento que minam nossas energias.
É como está escrito em Provérbios 4:23 “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida”.
A Palavra nos ensina também que “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” – Jeremias 17:9. Como confiar nossa fé, nosso ânimo espiritual, nossa alegria às emoções que são tão enganosas – já que o coração é a fonte delas?
Eis nosso problema, lidamos muitas vezes baseados em emoções e sentimentos que são vulneráveis e inconstantes. E nos esquecemos de que a fé é “o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova (ou convicção) das coisas que se não vêem” – Hebreus 11:1.
Nos esquecemos que a Palavra nos diz sobre culto racional (Romanos 12). Devemos crer apesar das circunstâncias. Crer na Palavra, independente do que está acontecendo. Crer Naquele que é poderoso para nos guardar de tropeços (Judas 24), crer no Pastor que nos guia pelas veredas de justiça, por amor do seu nome (Salmos 23).
Crer. Mesmo quando não estivermos vendo. Nosso coração muitas vezes nos condiciona a vermos para crer, mas Jesus disse “…bem-aventurados os que não viram e creram”. João 20:29
Então, temos que exercitar nossa fé para que se cumpra o que está escrito em Efésios 4:13“Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”.
Ainda bem que as provas existem, graças a Deus pelas lutas e tribulações. Elas vêm para fortalecer a fé, mas podem nos prejudicar se permitirmos que as emoções tumultuem o caminho.
Andar firmes por aquilo que não vemos.
Que possamos descansar nos pastos verdejantes e nas águas tranquilas nos períodos de lutas. E se você não souber chegar lá, aquiete o coração, ouça a voz do Bom Pastor, ele chama as ovelhas que lhe conhecem o nome para levá-las para lá. Ele não só conhece o caminho, como lá é sua morada.
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